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Pressão alta na gravidez: o que fazer?

Categoria Publicado as 16:52, em 04 de Março de 2015

O seguimento pré-natal inclui uma avaliação médica minuciosa, com atenção voltada às queixas da paciente e aos achados do seu exame médico, seguido da interpretação de diversos exames laboratoriais e ultrassonográficos para verificar o desenvolvimento do feto e a saúde da gestante.

Um dos procedimentos de rotina durante a consulta de pré-natal é a aferição da pressão arterial (PA). Com essa avaliação o obstetra consegue identificar alterações e suspeitar a respeito do surgimento de uma das doenças mais temidas durante a gravidez: a pré-eclâmpsia. É importante ressaltar que a PA deve ser aferida com a paciente em posição sentada (de preferência), em repouso, com o braço na altura do coração e sem ter realizado qualquer tipo de atividade física ou ingerido café nos útlimos 30 minutos prévios à consulta.

A pré-eclâmpsia é uma doença que afeta diversos órgãos, sendo o seu quadro clínico geralmente caracterizado pelo aumento da PA (2 aferições de PA superiores a 140X90 mmHg com intervalo de pelo menos 6 horas entre elas), presença de proteínas na urina (facilmente identificadas pelo exame de urina tipo I) e edema de mãos ou face. Vale lembrar que para o seu diagnóstico não é necessário apresentar edema (cerca de 30% das pacientes portadoras de pré-eclâmpsia não apresentam edema).

A hipertensão arterial é a primeira causa de morte materna no Brasil e deve ser tratada com seriedade. Esse problema é mais comum na primeira gravidez, em mulheres com mais de 40 anos ou em gestações gemelares, sendo que após a 20ª semana de gestação, a pressão arterial deve ser acompanhada com maior atenção.

Não se sabe ao certo o motivo pelo qual ocorre o aumento da PA durante a gravidez, porém os estudos atuais acreditam que a implantação inadequada da placenta e o dano das células dos vasos sanguíneos possam estar relacionados ao desenvolvimento da doença. Alguns fatores genéticos também podem ser sugeridos no surgimento da hipertensão, pois essa alteração da PA apresenta uma alta incidência familiar.

A pré-eclâmpsia tende a piorar conforme o passar da gestação e pode afetar vários órgãos. Quadros de dor de cabeça acentuada, alterações visuais, dor de estômago ou diminuição do fluxo de urina são comuns. Além disso, o aumento da pressão arterial pode prejudicar o fluxo de sangue do bebê e causar baixo peso ao nascimento, prematuridade, sofrimento fetal e até mesmo óbito (tanto materno quanto fetal).

Como evitar a pressão alta?

Não há muito que a gestante possa fazer para não desenvolver a pré-eclâmpsia, pois essa alteração é tida como conseqüência de uma placentação inadequada durante a gravidez. Alguns estudos sugerem que a ingestão de aspirina durante a gestação possa diminuir a incidência dessa doença. Caso você esteja hipertensa, seu obstetra irá prescrever medicações para controlar a PA durante a gravidez. Felizmente, existe uma gama ampla de remédios para controle da hipertensão.

 Além do tratamento medicamentoso, é essencial alterar o seu estilo de vida, incorporando hábitos de vida saudáveis que ajudam a evitar a pressão alta, como:

  • Ingerir frutas e legumes;
  • Beber bastante líquido;
  • Aumentar o consumo de proteínas;
  • Reduzir a ingestão de frituras, gorduras e açúcar;
  • Diminuir o sal;
  • Ficar atenta ao ganho de peso na gravidez (ganho de peso ideal: entre 8-12 kgs);
  • Reduzir o consumo de cafeína;
  • Não ingerir bebida alcoólica;
  • Cessar o tabagismo;
  • Repouso físico.

O que ocorre após o parto?

Após o nascimento do bebê é natural que a pressão diminua e volte ao normal, sendo que esse processo pode demorar até 3 semanas. No puerpério e nos dias subseqüentes, a mulher deve ficar atenta a tonturas ou desmaios, assim como aferir a PA para detectar se a pré-eclâmpsia está regredindo.

A pressão alta e o inchaço nos membros inferiores e nas mãos podem demorar algumas semanas para desaparecer, trazendo incômodo à gestante. Caso a PA já esteja normalizada e o edema presente, a puérpera pode realizar sessões de drenagem linfática nos membros inferiores.

Gravidinhas fiquem sempre atentas! Informação é tudo!

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